Blog destinado a estudantes e graduados em psicologia com interesse na filosofia da Analise do comportamento do americano BF Skinner. Administrador: Eduardo Alencar

9/29/2006

Analise do Comportamento: do que estamos falando?






Autor: Eduardo Alencar

Resumo



Este artigo apresenta uma das abordagens da ciência da Psicologia que toma como objeto de estudo o comportamento dos organismos, abordagem com base filosófica no Behaviorismo Radical do americano B.F. Skinner que define comportamento como a interação entre indivíduos e o seu meio ambiente, o que nos permite observar, analisar e descrever comportamentos sobre um foco diferenciado dentro da psicologia, mantendo todo o rigor e metodologia científica exigida pela comunidade de psicólogos ao longo do desenvolvimento desta ciência e dos avanços de suas abordagens.




Palavras Chaves: Analise do Comportamento, Behaviorismo Radical, Psicologia, Comportamtno Humano.




Atualmente, a Psicologia concentra áreas teóricas, conceituais, filosóficas e experimentais em constante desenvolvimento que possibilitam infinitas maneiras de compreender o homem, o mundo, e a relação entre eles. Dentre as principais abordagens que formam a ciência denominada “Psicologia”, encontramos a Análise do Comportamento Humano que possui suas raízes filosóficas no Behaviorismo Radical do americano B.F. Skinner.




A análise do comportamento lida com o manejo de nosso próprio comportamento e do comportamento dos outros. Estamos sempre ajustando nossas ações às demandas do mundo ao nosso redor. Analisar comportamento é simplesmente estudar estes ajustamentos. Assumindo que pessoas, lugares e coisas estão sempre controlando as ações de quaisquer indivíduos, analistas do comportamento por tanto, tentam descobrir como estabelecer, facilitar, impedir ou evitar esse controle.




Sidman (2003) afirma que a ciência da Análise do Comportamento tem suas raízes na filosofia, então, destinguiu-se como um ramo da emergente disciplina da psicologia e está agora no processo de desengajar-se desta psicologia, uma vez que esta, como o próprio nome sugere, é o estudo da mente, da alma. Já a Análise do Comportamento, é a ciência do comportamento.




Matos e Tomanari (2002), parecem concordar com Sidman quando afirmam que o Behaviorismo Radical propõe que o objeto de estudo da psicologia deva ser o comportamento dos seres vivos, especialmente do homem. É radical na medida em que nega ao psiquismo a função de explicar o comportamento, embora não negue a possibilidade de , por meio de uma estrutura da linguagem, estudar eventos encobertos, tais como pensamento e as emoções, só acessíveis ao próprio sujeito, ou seja, tanto na filosofia quanto no momento atual desta abordagem, o foco é o comportamento humano.




Baseado em alguns conceitos acerca do comportamento, entre eles o de comportamento respondente, o de comportamento operante e o de comportamento verbal, onde o comportamento operante é fortalecido ou enfraquecido por eventos posteriores a resposta de um organismo, como por exemplo: cada vez que eu abro a porta (Resposta do organismo) tenho acesso à outro lugar (Evento posterior a resposta), o comportamento de abrir a porta para acessar outros lugares é fortalecido, de maneira que não vemos nenhum organismo abrindo as paredes de uma casa quando querem acessar determinados locais, além de sua característica principal focar a possibilidade de aprendizagem e interação entre o homem e o ambiente, os comportamentos operantes são aprendidos pelo organismo ao longo de sua história de vida.




Enquanto o comportamento respondente é controlado pelos estímulos antecedentes a resposta de tal organismo, como por exemplo fecho os olhos (Resposta do organismo) quando recebo um estímulo oficiante de luz (Evento antecedente a resposta), tendo ainda como característica, comportamentos relacionados à espécie, ao fisiológico, também conhecidos como fatores filogenéticos, estes possuem um caráter “mecânico” Estímulo-Resposta.




E por fim, o termo comportamento verbal foi introduzido por Skinner em 1957, quando a publicação do seu livro Verbal Behavior. Para analistas do Comportamento, o termo veio como substituição da palavra "linguagem", pelas várias interpretações que esse ultimo termo possui. Foi proposto "comportamento verbal", para enfatizar que "linguagem" é um comportamento modelado e mantido por consequências e não é algo ou uma propriedade que alguém possua ou, muito menos, uma entidade interna. A característica do comportamento verbal é a de que ele é estabelecido e mantido por reforçamento (Estímulos que seguem uma resposta do organismo, afetando-o, fortalecendo ou enfraquecendo a resposta, como no exemplo do abrir a porta) mediado por outra pessoa.




A ausência de uma compreensão clara acerca destes conceitos gera entre os próprios estudantes da graduação de psicologia, críticas injustas à respeito desta abordagem, como por exemplo: tratamento mecanicista do ser humano, não oferece tratamento para os problemas de natureza emocional, entre outras.




Todo comportamento, seja ele operante, respondente ou verbal, alinhados à outros conceitos da Analise do Comportamento (reforço, coerção, esquemas de reforçamento, punição, dentre outras definições que percorrem a teoria), proporcionam aos Psicólogos adeptos desta abordagem, o exercício de eficientes práticas, analises e técnicas para correção de déficits comportamentais e transtornos de ordem “mental”, como o Transtorno Obsessivo – Compulsivo, a Anorexia,o Autismo, dentre outros transtornos mentais de alçada de psiquiatras e psicólogos.




Sidman (2003), chama a nossa atenção para o fato de que não é “nenhum bicho de 7 cabeças”, analisar a conduta humana, desde que consigamos manter um rigor metodológico e científico de nossas práticas, então afirma que conduta se refere a freqüências de respostas, ou seja, chamamos alguns alunos de falantes, pois observamos que ele fala bastante, chamamos alguns alunos de inteligentes, ao ver que eles estudam muito, chamamos alunos de céticos, pois estes questionam muito seus professores, chamamos pessoas de felizes, pois observamos que sorriem demais, e assim por diante. Não precisamos recorrer a aspectos “mentais” para realizar Analises acerca do Comportamento Humano, nesta abordagem, considera-se ainda que a consciência, os sentimentos, as emoções, a personalidade, são frutos de contingências que formam repertórios comportamentais que socialmente, aprendemos a nomear de inteligente, dinâmico, carinhoso, bravo, chato, legal, ativo, perspicaz, burro, etc.




Parece simples, mas a abordagem vai além do que chamamos de “fácil”, embora o comportamento operante seja colocado sob controle de estímulos (antecedentes, posteriores, ou ambos à resposta de um organismo), tal controle é apenas parcial e condicional. A resposta operante de erguer o garfo para comer, por exemplo, não é simplesmente eliciada pela vista da comida no prato ou pela presença do garfo. Depende também da nossa fome, preferências alimentares frutos de nossa história de vida, e outras variedades de condições de controle. Analisar o comportamento humano (Abordagens comportamental) é tão complicado quanto analisar a mente humana (Abordagens Psicodinâmicas) ou analisar a existência do homem no mundo (Abordagens Existenciais).




Embora tenham muito mais a oferecer, os analistas do comportamento são talvez mais freqüentemente chamados para lidar com problemas de comportamento - autodestruição em retardos ou autismo, destruição do ambiente (exceto, naturalmente, quando os exploradores fazem isso por lucro), violações de normas sociais e condutas que afligem as famílias e a comunidade.




Um exemplo destas contribuições são apontadas na obra Sidman (2003) que nos ensina que se queremos diminuir a desistência das escolas e aumentar a participação, um primeiro passo útil seria uma análise comportamental. Desistir é, afinal de contas, comportamento; uma maneira de torná-lo mais ou menos provável é arranjar conseqüências apropriadas. Comece examinando interação entre alunos e professores, alunos e alunos, alunos e administradores escolares, identifique e elimine estimulação aversiva (o que enfraquece a freqüência de resposta de ir à escola) de que tornam a fuga deste ambiente tão reforçador (Fortalece a freqüência da resposta de freqüentar outros ambientes que não a escola).




Gostaria de finalizar este artigo explicando porque sou adepto da terapia comportamental, começando a destacar o aspecto mais distinto que faz o diferencial desta abordagem, caracterizando-a como uma das ciências que fornece a possibilidade de comando, dando ao terapeuta tanto no planejamento da estratégia geral da terapia quanto no controle dos detalhes e informações, à medida em que prossegue, a possibilidade de corrigir um tipo de técnica quando esta, não apresenta a eficiência desejada.




Em contra partida, quando há mudanças comportamentais desejadas, é nítido e pode ser facilmente mantida e/ou reforçada no repertório dos nossos clientes, contribuindo assim para melhorias no dia - a - dia de nossos clientes. As observações científicas permitem a previsão e conseqüentemente planejamento de eficazes intervenções. Tais aspectos fortalecem o fato de que esta terapia é muito requisitada para ajustar hábitos indesejados (Neuroses, transtornos, psicoses, etc.), tanto por profissionais da saúde quanto por próprios psicólogos adeptos de outras abordagens.




REFERENCIA BIBLIOGRAFICA




MATOS, M. A e TOMANARI, G.Y. A análise do comportamento no laboratório didádico. Cap. I e II. Ed. Manole. Barueri, São Paulo, 2002




SIDMAN, M. Coerção e suas implicações. Ed. Livro Pleno. Campinas, São Paulo, 2003.




SKINNER, B.F. Ciência e comportamento Humano. Ed. Martins Fontes. 2000.

Recrutamento e Seleção de Pessoal: O que a Analise do Comportamento tem a dizer?

Autor: Eduardo Alencar
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo discutir o paradigma de recrutamento e seleção de profissionais sob a ótica da Analise do Comportamento. No contexto atual da globalização, rumos econômicos do capitalismo e outras características sociais que afetam o nosso país enquanto nação subdesenvolvida, o psicólogo se vê obrigado a adaptar-se para ser empregado a mais um diferente campo de atuação: A Área de Recursos Humanos das Organizações. O Analista do comportamento, por sua vez, enquanto profissional emergente da ciência psicológica não pode agir diferente. Enquanto cientista preocupado com as relações (Organismo – ambiente), deve estruturar-se para assumir novos desafios em sua prática e atuação. Serão discutidas a partir de literatura científica, as diferentes possibilidades da inserção da Analise do Comportamento enquanto nova ferramenta de Recrutamento e Seleção de Pessoal, mediando relações entre Organizações e Mercado – de – Trabalho.
Palavras Chaves: Analise do Comportamento Humano, Recrutamento e Seleção de Pessoal, Recursos Humanos, Psicologia Organizacional.
INTRODUÇÃO
Chiavenato propôs em 1983 que a seleção de Recursos Humanos poderia ser definida singelamente como a escolha do homem certo para o cargo certo, ou, mais amplamente entre os candidatos recrutados para um processo seletivo, aqueles mais adequados aos cargos existentes da organização visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho no quadro de pessoal Esta afirmação sugere que o papél primordial do selecionador de pessoal fosse então, garantir enquanto estratégia de gestão de Recursos Humanos, a eficiência das atividades mediadas por organismos dentro das orgenizações mantendo ou elevando a produtividade via seleção de perfil psicológico.
O autor sugere ainda, um caminho para que os objetivos acima fossem atingidos, este visa caracterizar a seleção de pessoal fundamentando-se em dados e informações a respeito de um determinado cargo a ser preenchido, ou seja, onde as exigências de seleção deveriam basear-se nas especificações do cargo cuja finalidade é dar maior objetividade e precisão ao processo de seleção de pessoal, cruzando posteriormente, informações do ambiente (que compõe o cargo a exercer) x informações psicológicas de candidatos (na época chamado de personalidade, comportamentos, cognições, características pessoas, a depender da escola / abordagem teórica) para coleta de dados e finalmente, a escolha do candidato certo para o cargo certo.
Após cientistas das escolas da administração terem descoberto a importância e contribuições dos psicólogos no suporte, auxílio e consultoria em processos de gestão de Recursos Humanos, conforme apontado por Mayo (1933 e 1949) e Santos, Franco e Miguel (2003), tivemos nos ultimos 70 anos investimentos consideráveis em pesquisas que discutiam a utilização de ferramentas de avaliação psicológicas inicialmente de uso clínico (como por exemplo, Quati, IFP, IAT, Wartegg, dentre outros), sendo direcionadas ao ambiente organizacional, conforme afirma Alencar e Gomes (2005).
Segundo Miguel (2001), atualemnte, a maior demanda de serviços psicológicos aplicados a seleção de pessoal voltam-se as organizações de natureza privada, uma vez que sua administração fundamentam-se em estratégias que levam a multiplicação de lucros e capitais financeiros, diferente de organizações sem fins lucrativos cujo a administração prioriza outros objetivos. Neste sentido, estas organizações representam grande porcentagem de empregabilidade de psicólogos e profissionais voltados a atividade de recrutamento e seleção de pessoal.
É possível verificar pelo grande número de agências de emprego em São Paulo, por exemplo, que devido às necessidades dos serviços característicos da seleção de pessoal, novos rumos tomaram este campo de atuação. Tais agências especializarm-se em testagem psicológica para intermediar sujeitos disponíveis no mercado – de – trabalho x organizações, ou seja, até hoje, estão atuando conforme previa Mayo (1933 e 1949) e Chiavenato (1983).
Alencar e Gomes (2005) destacam ainda, que devido a esta emergente solicitação de serviços psicológicos e a utilização de testagem no âmbito organizacional, fez-se com que o CRP – Conselho Regional de Psicologia e o CFP – Conselho Federal de Psicologia, criasse condições de fiscalização para garantir o cumprimento de artigos do código ético – profissional da categoria (como por exemplo o sigilo profissional), bem como, não descaracterizar a profissão de psicólogos (cujo o objeto de estudo é o homem), assemelhando-os à de administradores (cujo o objeto de estudo são empresas). Neste caminho, diversas ferramentas de testagem psicológicas (grande maioria de natureza psicodinâmica, gráficas e projetivas), foram preteridas pelos órgãos fiscalizadores (Lista de testes não - recomendados disponíveis nosite do CRP: www.crpsp.org.br), colocando o psicólogo novamente em necessidades de adaptação de suas técnicas para ingressar e /ou permanecer no ambiente organizacional.
O Analista do Comportamento, porém, pelo seu diferencial em contrapor idéias mentalistas e defender um acentuado rigor metodológico, teórico e científico nos moldes da filosofia do Behaviorismo Radical do americano B.F. Skinner, que objetiva o comportamento como seu objeto de estudo, pode ser visto como um profissional menos afetado por estas fiscalizações, uma vez que seria incoerente o uso de ferramentas de testagem (baseadas em medidas estatísticas, gráficas, projetivas, inventários, dentre outros de natureza não comportamental), já que defendem a idéia de “sujeito único” (Cada um de nós temos um repertório comportamental e este está em constante movimento com os ambientes em que frequentamos) e de comportamentos adaptáveis (dada determinada contingência, tal comportamento poderá manter-se, evoluir ou extinguir-se).
Aparentemente, as orientações de Chiavenato (1983) assemelhan-se a técnica de Analise Funcional do Comportamento porposta por Wolp (1983) que em alternativa as testagens psicológicas tradicionais, prevendo através da descrição de contingências (eventos antecedentes a resposta – resposta de um organismo – evento consequente a resposta) a compreenção e consequentemente a prevenção e controle de comportamentos via probabilidade de ocorrência de respostas (comportamento, propriamente dito no senso comum) respeitando as determinates do comportamento: filogenético, ontogenético e cultural.
Santos, Franco e Miguel (2003) parecem concordar com esta metodologia, quando propõem que Analistas do Comportamento que lidam com atividades de seleção de pessoal, devesem analisar repertórios comportamentais únicos e exclusivos de cada sujeitos (candidatos por exemplo), ao invéz de tentar identificar traços de personalidade comum a um número X de pessoas, ou seja, dentro deste contexto, ao invéz de olhar para estados internos como explicação do comportamento e / ou justificativas de traços de personalidade, devemos, através da Analise Funcional, descrever as condições necessárias para que aquele comportamento e / ou repertório de comportamentos (Dinamismo, Flexibilidade, Liderança, dentre outros desenhados pela administração) ocorra e se mantenha no cargo em questão.
A falha em considerar as tradicionais testagens psicológicas para a seleção de pessoal está na negativa ou ausência de coleta de dados referente ao ambiente em que o indivíduo atua / vive, ou seja, os testes tradicionais coletam dados da personalidade de sujeitos enquanto submetidos ao ambiente de testagem (aplicação de testes de inteligencia por exemplo), mas não coleta dados de suas relações com a família, amigos, empregos anteriores, lazer, etc. Ambientes pelos quais, determinados “traços da personalidade” somem. Esta informação pode ser compreendida pela Analise do comportamento como mais um comportamento adaptativo que só ocorre dada determinada contingencia.
Alencar (2005) ilustra esta situação citando o exemplo de uma entrevista, pela qual em uma aplicação de Wisc nos anos iniciais de sua graduação na agência de emprego em que trabalhava, perguntou à um candidato quais eram as 4 estações do ano e este respondeu: Osasco, República, Barra Funda e Itaquera. De fato, se olhassemos simpliesmente com o foco da testagem, este sujeito estaria fora dos padrões de normalidade, sendo então rejeitado para vaga em questão por não atingir o QI mínimo para o desempenho desta. Porém, olhando com a “Lupa” da Analise do Comportamento, que atenta-se as determinantes do comportamento, o teste deveria considerar que aquela resposta verbal ocorreu pois na realidade do sujeito (níveis de determinação ontogenético e cultural), aquela resposta era estremamente adequada as contingencias de sua história de vida.
Um grupo de Analistas do Comportamento tem defendido atualmente o uso da ferramenta de “seleção por competências”, onde dados da triplice contingência (evento antecedente-resposta do organismo-evento consequente a resposta) é coletada no ato das entrevistas psicológicas dando ao entrevistador / selecionador de pessoal, subsídios mais completos sobre a história de vida dos candidatos, consequentemente, obtendo maior eficiência ao cruzar o perfil dos cargos com o perfil dos candidatos.
Pontes e Serrano (2005) deixa claro como funciona exatamente a metodologia de seleção por competências que além de caracterizar-se como uma alternativa as testagens psicológicas, pode ser aprendida e utilizada por outros profissionais de Recursos Humanos que não psicólogos.
CONSIDERAÇÕES ACERCA DO MODELO COMPORTAMENTAL EM SELEÇÃO DE PESSOAL
Durante cerca de 70 anos enquanto a psicologia ingressava astutamente dentro das organizações, as abordagens mentalistas não só foram as primeiras a serem introduzidas, como até hoje representam grande porcentagem na grade de formação acadêmica dos cursos de psicologia.
As discussões elaboradas até aqui tem o intuito de apontar o quanto podemos prejudicar às empresas e/ou candidatos se continuarmos conduzindo os processos seletivos sem pensarmos no ambiente em que a pessoa se constituiu, no ambiente em que ela vive, como se constitui um determinado comportamento, qual a função de determinadas respostas, qual a parcela da influência cultural na formação dos candidatos, enfim, o modelo de seleção por competência, traz uma luz ao paradigma de recrutamento e seleção de pessoal e pode ser considerado como um dos caminhos do ingresso do Analista do Comportamento nas organizações visando: A) Colaborar com um modelo de seleção de pessoal que considera o modelo de seleção natural, sujeito único, comportamentos adaptativos, determinantes do comportamento e outras considerações do Behaviorismo Radical, garantindo assim um rigor científico às práticas da psicologia organizacional; B) Reverter o cenário das organizações frente ao mercado de trabalho, que sem considerar a história de vida do sujeito, acaba excluindo-o de oportunidades de trabalho, contribuindo para construção de ideais como por exemplo: “Excelentes e Ruins” candidatos, ou seja, criação de rótulos; C) Alavancar publicação de pesquisas à comunidade comportamental e C) Construir conhecimento para combater injustas críticas direcionadas a esta abordagem, conforme apontam os estudos de Thomaz, Alencar, Bueno e Rocha (2006).
Silvia e Nunes (2002), trazem como exemplo, a metodologia de seleção por competência já caracterizada como ferramenta a ser utilizada por profissionais de seleção, não necessariamente psicólogos, frente a esta era de mudanças que afetam o RH das empresas no contexto globalizado. A própria adaptação da linguagem pela qual as autoras abordam o tema, em função da evolução e proporção científica que tomou a metodologia nas organizações e congressos brasileiros sobre Recursos Humanos, pode ser considerado como um exemplo e merece atenção de Analistas do Comportamento na participação, construção, evolução, atualização e discussão desta ferramenta.
Já é possível, visualizar psicólogos dedicados à sua prática de atuação, fornecendo consultoria à empregadores e funcionários de RH acerca desta nova tendência que concerteza aponta subsídios para atender da melhor forma possível, as expectativas do recrutamento e seleção de pessoal das organizações frente a uma realidade de país subdesenvolvido, influenciado pela globalização e pelo capitalismo. É neste sentido que faço questão de motivar cientistas do comportamento a participarem ativamente da construção e modelagem deste contexto.
BIBLIOGRAFIA
ALENCAR, E.T.S e GOMES, A. A. (2005) Recursos Humanos e a aplicação de testes psicológicos para seleção de pessoal. Apresentação de pesquisa e painel no I Congresso da União Latino - Americana de Psicologia, São Paulo/SP.CHIAVENATO, I (1983). Recursos Humanos. São Paulo: Editora Atlas.
MIGUEL, C. F. (2001). Uma introdução ao gerencialmento organizacional das organizações. Em M. Delitti (Org.). Sobre comportamento e Cognição. São Paulo: ESETec.
PONTES, B. R e SERRANO, C. A. (2005) A arte de selecionar talentos: planejamento, recrutamento e seleção por competência. São Paulo: DVS Editora
SANTOS, J. G. W , FRANCO, R. N. A. e MIGUEL, C. F. (2003) Seleção de Pessoal: Considerações preliminares sobre a perspectiva do Behaviorismo Radical. Psicologia, reflexão e crítica.
SILVA, M.L. e NUNES, G. N. (2002). Recrutamento e Seleção de Pessoal. Série formação profissional. São Paulo: Érica.
THOMAZ, C.R, ALENCAR, E. T. S, BUENO K, ROCHA T. (2006) O conhecimento do aluno sobre o Behaviorismo Radical e sua concepção de psicologia. Apresentação de pesquisa e painel. São Paulo: Redepsi.
WOLP, J. (1983). Prática da Terapia Comportamental. 5º Edição. São Paulo: Brasiliense.
MAYO, E. G. (1933) . The Human Problems of an Industrial Civilization - Harvard University, Graduate School of Business Administration.
MAYO, E. G. (1949) the Hawthorne Studies discovered that the informal organization, social norms, acceptance, and sentiments of the group determined individual work behaviour.

Behaviorismo Radical x Behaviorismo metodológico: Paradigmas da abordagem comportamental




Autor: Eduardo Alencar


Resumo



A Psicologia não possui uma única unidade conceitual e / ou metodológica, isso por que até hoje, tal ciência não chegou a um acordo de como estudar o seu objeto de estudo (o homem), dentre algumas abordagens, podemos destacar como unidades de analise deste objeto de estudo: o comportamento, a mente, a existência, a personalidade, a subjetividade, dentre outras que surgem frente aos avanços e investimentos científicos que sustentam o deslanche desta ciência.


O presente trabalho visa destacar a importância do comportamento humano como unidade de análise para a compreensão do homem enquanto objeto de estudo da psicologia, sob ao olhar da Analise do Comportamento que mantém suas raízes filosóficas no Behaviorismo Radical do Americano B.F. Skinner diferenciando-a do Behaviorismo Metodológico de J.Watson que segundo Thomaz, Silva, Alencar, Bueno e Rocha (2005 ; 2006), uma das causas para o levantamento de injustas críticas à Analise do Comportamento seria a concepção errada que alunos recebem na graduação, como por exemplo, generalizar o behaviorismo radical com o metodológico acreditando que tal abordagem ignora sentimentos, subjetividade, consciência e outros eventos de “natureza” interna.


Palavras Chaves: Behaviorismo Radical, Behaviorismo Metodológico, Análise do Comportamento, Abordagem Comportamental.


Behaviorismo radical, behaviorismo metodológico, psicologia comportamental, analise do comportamento, analise aplicada do comportamento, analise experimental do comportamento, psicologia cognitivo – comportamental, psicologia analítico – comportamental, psicologia cognitivista, psicologia experimental, psicologia da aprendizagem, comportamentalismo....quem passou pela graduação de psicologia certamente se deparou com uma destas terminologias que muitas vezes acabam sendo interpretadas como uma única coisa: Abordagem comportamental.


Assim como as abordagens psicodinâmicas englobam para muitos a psicanálise, a psicologia analítica, lacaniana....E nas abordagens existenciais encontram-se a fenomenologia, psicologia humanista, gestalt, psicologia existencial, dentre outras, verificamos enquanto psicólogos, que cada vez mais, abordagens surgem focando diferentes unidades de analise, ou defendendo cada vez mais sua concepção, na (s) maneira (s) em que devemos ou deveríamos estudar o homem (comportamento, personalidade, existência, etc.) e dentro destas abordagens (as consideradas comportamentais, psicodinâmicas, existenciais, etc.) encontramos uma saudável “discussão” dentro de cada “ramificação”.


Não significa que tais “ramificações” defendam a mesma unidade de analise 100% iguais. É o caso de Skinner (behaviorismo radical) que contrapões Watson (behaviorismo metodológico) conforme veremos na seqüência deste artigo. É importante deixar claro que há ainda, “ramificações” dentro destas abordagens que servem para estudos específicos, como por exemplo: o Behaviorismo Radical é a filosofia da analise do comportamento, analise aplicada do comportamento, psicologia experimental, psicologia analítico – comportamental, psicologia cognitivo – comportamental, ou seja, enquanto filosofia, visa trazer subsídios epistemológicos para um sólido embasamento teórico, que posteriormente, fornecerá meios para o deslanche de experimentos (psicologia experimental, estudos de laboratório, etc.), de formação de conceitos (analise do comportamento, psicologia comportamental, etc.) e aplicação de conceitos (analise aplicada do comportamento, psicologia analítico – comportamental, etc.), assim como o behaviorismo metodológico é a filosofia do comportamentalismo.


Segundo Malerbi (2003), para o behaviorismo metodológico, o ambiente refere-se apenas às condições externas, neste sentido tal behaviorismo considera importante o critério de “verdade” via consenso público, ou seja, o qual só pode ser alcançado para eventos externos e públicos (visto igualmente por mais pessoas além do observador). Na medida em que os aspectos do ambiente interno não são, e não podem ser observados por observadores independentes, eles não poderiam, segundo essa abordagem, ser objeto de uma ciência, neste sentido, defendem que o objeto de estudo seja somente o comportamento observável, mesmo que não ignorasse os sentimentos, subjetividade, Watson não acreditava que estes deveriam ser unidades de analise sobre o homem, enquanto um objeto de estudo.


Figueiredo e Santi (2003), afirmam que a perspectiva do comportamentalismo de Watson enquadra-se na busca de uma sociedade administrativa e estritamente funcional, onde o comportamentalismo na verdade não seria um projeto de psicologia científica, mas um projeto de uma nova ciência , ou seja, uma ciência do comportamento que viria ocupar o lugar da psicologia. Esta deveria ser, segundo Watson, uma ciência natural, um ramo da biologia, onde o sujeito era caracterizado como um sujeito que não sente, não pensa, não decide, não deseja e não é responsável pelos seus atos, seria então, apenas um organismo e enquanto organismo, o ser humano se assemelharia a qualquer outro animal. Por estas influências é que a forma de conhecer a psicologia científica dedicou grande atenção aos estudos dos seres humanos com ratos, pombos, cachorros e macacos, dentre outros animais.


Matos e Tomanari (2002), por sua vez trazem a visão do behaviorismo radical que propõe que o objeto de estudo da psicologia deva ser o comportamento dos seres vivos, especialmente do homem. É radical na medida em que nega ao psiquismo a função de explicar o comportamento, embora não negue a possibilidade de , por meio de uma estrutura da linguagem, estudar eventos encobertos, tais como pensamento e as emoções, só acessíveis ao próprio sujeito.


Segundo Forisha e Milhollan (1978), devido a sua preocupação com controles científicos, Skinner, frente aos rigores científicos, não fez diferente, realizou a maioria de suas experiências com animais inferiores - principalmente pombo e rato branco. Desenvolveu o que se tornou conhecido como "caixa de Skinner", um aparelho adequado para o estudo animal. Tipicamente, um rato era colocado dentro de uma caixa fechada que contém apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento, quando o animal aperta a alavanca sob as condições / critérios estabelecidos pelo experimentador, uma bolinha de alimento cai sobre a tigela, recompensando-o, após o animal ter fornecido esta resposta, o experimentador poderia então, colocar o comportamento deste animal sob controle de uma infinita variedade de estímulos, além disso, tal (is) comportamento (s) poderia ainda, ser modelado ou modificado gradativamente até que aparecerem respostas que ordinariamente não faziam parte do repertório comportamental do indivíduo, ou seja, diferente de Watson, êxitos nestes esforços levaram Skinner a acreditar que as leis da aprendizagem aplicam-se a todos os organismos vivos, independente de “entidade” internalista.


Matos e Tomanari (2002), complementam ainda que um grande passo dado por Skinner que superou os “buracos” do behaviorismo metodológico foi o de considerar o comportamento como algo que está sempre em reconstrução, ou seja, acreditar em um modelo de seleção pelas conseqüências, não só frente as características anatômicas e fisiológicas, mas também as comportamentais que passam por sucessivos crivos de uma seleção baseada nos contatos com dos organismos vivos com o seu ambiente, neste crivo, alguns comportamentos são eliminados, por inadequados, e outros são mantidos, por eficazes em garantir a adaptação e sobrevivência, isto é, o comportamento humano passou a ser compreendido, considerando-se que o homem sofre influências de contingências filogenéticas (atuando no nível do banco genético das espécies), de contingências ontogenéticas (atuando no nível de repertórios comportamentais dos indivíduos) e de contingências culturais (atuando no nível das práticas grupais de uma cultura ou sociedade), ou seja, a integração destes três níveis trouxe aos analistas do comportamento a ferramenta para avaliar o sujeito como um todo, incluindo os seus aspectos subjetivos como a consciência e o autoconhecimento por exemplo. A Analise funcional do comportamento (estimulo antecedente – resposta do organismo – evento conseqüente à resposta), ferramenta coerente com os determinantes citados por Matos e Tomanari (2002) busca dar ao observador, terapeuta, cientista do comportamento uma “luz” que esclareça ordem entre eventos sujeito – ambiente.


Além de considerar sentimentos, subjetividade, consciência, o analista do comportamento com base filosófica no behaviorismo radical defende o uso de laboratório (analise experimental do comportamento, por exemplo) com alguns diferenciais, que segundo Sidman (2003), podemos citar como exemplos a possibilidade de acompanhar todas as mudanças nas condições experimentais relevantes para a pergunta que fazemos (problema de pesquisa), onde tal restrição permite definições e medidas precisas, objetivas, tanto da conduta que nos preocupa, como das condições de observação, considerar que o laboratório permite alterar o ambiente de um sujeito e então retorná-lo ao seu estado original, neste sentido, obtemos controle sobre as condições experimentais, tornando-as possíveis de descobertas, como por exemplo, se um evento em particular realmente faz um indivíduo agir diferentemente, dentre outras variáveis metodológicas que não restringem o nosso objeto de estudo como o comportamentalismo de Watson fazia.


Na graduação de psicólogo dos cursos disponíveis no Brasil hoje, estão presentes até nas abordagens de Desenvolvimento Humano as contribuições da abordagem comportamental enquanto possibilidade de compreensão do homem. Quando Carvalho (1999), afirma que ao discriminarmos aquilo que sentimos e falamos sobre sentimentos, nada mais é do que comportamentos aprendidos, produtos da comunidade verbal em que interagimos, que nos ensina a descrever o que fazemos, o que pensamos e o que sentimos e por tanto o que é certo, errado, tristeza, alegra, estamos considerando, que eventos internos, antes considerado via determinantes internalistas, começaram a ser compreendidos via unidade de analise comportamental, o que contrapõe as injustas críticas de que o behaviorismo radical nega eventos internos.


Oito dias antes de sua morte, Skinner recebeu da APA – American psychologist Association o prêmio por “Destacada a contribuição à psicologia ao longo da vida”, deste a fundação desta associação (1974), Behavioristas do Brasil e do Mundo, cerca de 6.500 espalhados pelo planeta, segundo Hubner (2005), vêem tomando os cuidados científicos oriundos da filosofia do behaviorismo radical, abandonando o comportamentalismo de Watson, que no contexto histórico – cultural de hoje, deixa como marca, contribuições para ter gerado em segunda instância, a ciência do comportamento de Skinner, mais completa, cientificamente adaptada para abarcar as demandas que exijam uma intervenção comportamental.


Hubner (2005), parece concordar com Thomaz, Silva, Alencar, Bueno e Rocha (2005 ; 2006), que no resumo deste artigo, destacou uma das causas das injustas críticas à Analise do Comportamento como sendo a construção de uma incorreta concepção de alunos enquanto graduandos de psicologia, quando afirma que no Brasil, ainda há, mesmo com este reconhecimento internacional (APA), com a presença da mídia, com as comprovações científicas dos experimentalistas, profissionais e alunos contrapondo-se a abordagem comportamental por falhas na compreensão de sua metodologia, como por exemplo, ao generalizar as práticas de cientistas do comportamento com bases filosóficas do behaviorismo radical com cientistas do comportamento que utilizam-se de ferramentas embasadas no behaviorismo metodológico de Watson.


Hubner (2005) ilustra este fato exemplificando que ao se referir a Skinner para alguns alunos e profissionais, recebemos como palavras chaves: S-R, experimento com ratos, caixa de Skinner, condicionamento, onde poucos sabem que este autor dedicou grande parte de sua obra em temas como utopia, educação, amor, humor e uma das mais reconhecidas: a linguagem e o comportamento verbal.


A Autora destaca ainda que, ao contrário do que muitas pessoas confundem, o behaviorismo radical se propõe a estudar eventos não observáveis (consciência, raiva, ciúmes, etc.), neste sentido é que o seu “behaviorismo” é considerado radical, não de extremo, mas de ir até a “raiz” dos eventos para buscar a ordem entre os eventos, para isso, suas características enquanto ciência, foca cuidados para jamais tornar-se uma ciência dualista ou mentalista que transfere e modifica a função dos eventos encobertos. Ao decorrer seu artigo, Hubner (2005) finaliza esta discussão com opiniões que vão de encontro com os dados apontados até o momento separando o behaviorismo radical do metodológico e por tanto as práticas de cientistas que tomam como embasamento teórico os X ou Y behaviorismo.


CONCLUSÃO


Hubner (2005), Thomaz, Silva, Alencar, Bueno e Rocha (2005 ; 2006), dentre outros autores já levantaram dados para nos fazer refletir sobre a importância da multiplicação adequada de informações na relação entre professores – alunos em um ambiente escolar. Um aluno que não compreende a teoria, certamente, terá sua prática comprometida, é neste sentido que este artigo objetivou deixar claro algumas diferenças entre o behaviorismo radical x o behaviorismo metodológico, para que sérios analistas do comportamento, não sejam injustamente criticados pelas suas práticas.


Poderíamos abordar a diferença entre Skinner e Watson durante páginas e páginas, para quem tiver a curiosidade de checar as produções bibliográficas do americano B.F. Skinner, terá dados suficientes para dizer que o behaviorismo radical preocupou-se por demais com as questões sociais, comportamentos de grupos e individuais, agências controladoras, comportamento verbal, enfim, neste caminho, o prêmio da APA foi mais do que merecido, sem Skinner, talvez ainda estaríamos aplicando as práticas do behaviorismo metodológicos, o que, com os avanços atuais da psicologia, seria uma erro agravante para a prática de psicólogos.


BIBLIOGRAFIA


Carvalho, S.G. (1999). O lugar dos sentimentos na ciência do comportamento e na psicoterapia comportamental. Universidade Presbiteriana Mackenzie. Revista Psicologia: Teoria e prática, 1(2): 33-36.


Hubner, M.M.C. (2005). O Skinner que poucos conhecem: contribuições do autor para um mundo melhor, com ênfase na relação professor – aluno. Momento do professor. Revista de educação continuada, São Paulo, ano 2, número 4, p. 44-49.


Milhollan, F. e Bill, E. F. (1978). Skiner & Rogers: maneiras constrastantes de encarar a educação. São Paulo: Summus. 8º edição.


Malerbi, F.E.K. (2003). Sobre comportamento e cognição Vol. 1. (página 239). São Paulo: EsetecMatos, M. A e Tomanari, G.Y. (2002). A análise do comportamento no laboratório didádico. Barueri: Manole. Capítulo I, página 4-8.


Sidman, M. (2003). Coerção e suas implicações. Campinas : Livro Pleno.


Thomaz, C.R.C Silva, D.R.S Alencar, E.T.S Bueno, K e Rocha, T. (2005). A concepção dos alunos sobre o behaviorismo radical e sua concepção de psicologia. Divulgação de pesquisa e painel no XIV congresso brasileiro de psicoterapia e medicina comportamental – ABPMC. Campinas.


Thomaz, C.R.C Silva, D.R.S Alencar, E.T.S Bueno, K e Rocha, T. (2006). A concepção dos alunos sobre o behaviorismo radical e sua concepção de psicologia. Artigo publicado em meio eletrônico: http://www.redepsi.com.br/ . São Paulo