Blog destinado a estudantes e graduados em psicologia com interesse na filosofia da Analise do comportamento do americano BF Skinner. Administrador: Eduardo Alencar

12/28/2011

Qual é o momento de procurar a psicoterapia?



A psicoterapia é uma modalidade de atuação da psicologia que objetiva aumentar, elevar, resgatar e fortalecer o repertório comportamental de um sujeito para que ele tenha maior qualidade de vida. Entre os campos de atuação psicológica, temos a prática hospitalar, organizacional, forense, marketing, social, institucional e outras mais, neste artigo, quero referir-me a uma prática específica, a prática clinica, onde observamos as famosas “sessões de consultório”.

Hoje em dia, com os avanços científicos, observamos ainda que esta mesma modalidade de psicoterapia evoluiu e hoje permite que o psicólogo possa atuar como acompanhante terapêutico e com isso, possa levar o seu cliente para “passear”, andar, frequentar locais que tenham alguma ligação para com a sua queixa inicial ou secundária e assim, utilizar artifícios, estímulos e dados destes ambientes e das relações emergentes.

Seja em consultório ou no ambiente natural como é chamado o campo do acompanhante terapêutico, o psicólogo com uma sólida formação optará por empregar uma abordagem de trabalho específica (analise do comportamento, psicanálise, sistêmica, humanista, etc) que lhe dá subsídios para enxergar o homem, o mundo que o cerca e a relação entre eles de uma maneira especial. Eu sou adepto da abordagem da analise do comportamento cujas raízes filosóficas baseiam-se no behaviorismo radical de B.F. Skinner.

Nesta abordagem, o foco é o comportamento do sujeito, de modo que todos os aspectos humanos (mente, pensamento, emoções, sentimentos, outros) são tratados como comportamento. Para esta vertente teórica, o homem age, modifica e é modificado pelas relações com o seu meio ambiente, é um ser multideterminado por variáveis culturais, filogenéticas e ontogenéticas. É um
ser único em sua totalidade e, por tanto, tratado nesta abordagem como “sujeito único”. Automaticamente, eliminamos as “fórmulas mágicas” e passamos a atuar de forma personalizada, avaliando a função de cada conduta e como estas contingências promovem ou eliminam eventos aversivos, eventos de sofrimento ou eventos prazerosos na vida de cada cliente.

Seja o comportamento dito simples, complexo ou de natureza profunda, buscar a psicoterapia não é sinônimo de “estar louco”, pelo contrário, se as pessoas tivessem consciência de como a psicoterapia pode ajuda-las a resolver problemas diversos, certamente a procurariam com mais frequência. Um psicólogo poderá ajuda-lo em situações de depressão, auto – estima, anorexia, bulimia, déficit de atenção, ansiedade, estresse, relacionamentos, lutos, impaciência, impulsividade, agressividade, transtornos diversos, ou ainda, com coaching de vida, carreira, orientação profissional, vocacional, auto – conhecimento e afins.

É infinita a lista de atuação de um psicoterapeuta e, por tanto, os motivos e justificativas para busca de psicoterapia. Ao escolher um profissional desta área, é de suma importância verificar se seu registro (CRP) está ativo e regular. Para isso, o cliente pode realizar gratuitamente uma consulta no conselho da categoria www.crpsp.org.br, para os psicólogos de SP. Uma busca na internet para averiguação de currículo, especialidade de atuação ou mesmo mera curiosidade complementam a seleção. O psicólogo é o profissional que cuida de sua saúde mental, do seu bem estar comportamental e para tanto, não merece menor atenção do que a busca por um profissional de medicina por exemplo.

Buscar psicoterapia pode ajuda-lo (a) a solucionar problemas que antes pareciam não ter solução. O profissional de psicologia tem um longo e intensivo treinamento (5 anos de formação - graduação) para observação e registro de comportamento, fortalecimento de empatia, escuta, avaliações contextuais e outras técnicas de exames e aconselhamentos psicológico. Ele dificilmente lhe dará as respostas, mas pode certamente ajuda-lo a traçar os caminhos mais funcionais e a ponderar as consequências de suas escolhas e condutas. Diferente de um simples amigo que somente escuta e geralmente devolve-lhe conselhos aleatórios ou pautados unicamente em suas experiências pessoais, o psicólogo utilizará o que há de disponível em sua abordagem psicológica para auxiliar o seu cliente de forma mais assertiva. Qual é o momento de procurar a psicoterapia? Não tenho uma resposta fechada, mas tenho uma resposta: “O momento de procurar a psicoterapia é o seu momento. Dê o primeiro passo, escolha com seletividade e o psicólogo lhe ajudará com o resto. Trata-se de um caminho único a ser construído exclusivamente em sua relação terapêutica, ou seja, entre você e o profissional da sua escolha”.

4/15/2010

III Jac de Jundiaí (15-05-10)


Maiores informações pelo site: http://www.jacjundiai.com/

7/02/2009

Entre no nosso Yahoo Grupo e receba vagas por e-mail!

O Yahoo Grupos é uma possibilidade gratuíta para que pessoas se reunam por um objetivo em Comum. O RH do Grupo SBF criou um Grupo para divulgação de vagas.



1.1 - Como participar?

Basta enviar um e-mail para gruposbf-subscribe@yahoogrupos.com.br que você já estará participando. Você pode sair a qualquer momento (por exemplo, caso consiga emprego e não queira mais receber vagas).

1.2 - Quais as vantagens de entrar no grupo?

Além das vagas, você tem acesso a links de agências de emprego, artigos de administração, RH, psicologia e recolocação profissional.

1.3 - Como posso ajudar o grupo?

Basta passar as informações a diante para que cada vez mais tenhamos pessoas no grupo recebendo e trocando vagas em aberto com um único objetivo: a recolocação de pessoas em postos de trabalho.

Conheça mais sobre yahoo grupos em http://www.yahoo.com.br/ ou contate o moderador deste grupo.

6/27/2009

Entrevista com Psicólogo Eduardo Alencar sobre a atuação do analista do comportamento no âmbito organziacional



Coopervolks: O que é a Analise do Comportamento?
Eduardo Alencar: A psicologia enquanto ciência do comportamento humano apresenta várias abordagens sobre como entender o seu objeto de estudo: O Homem. Entre elas estão a psicanálise de Freud focando o estudo dos aparelhos psíquicos, a fenomenologia de Hussel com o estudo do homem em sua totalidade dita e compreendida como "ser-no-mundo" e a análise do comportamento de Skinner que traz uma nova e diferenciada concepção de comportamento.


Coopervolks: O que é comportamento para esta vertente teórica?
Eduardo Alencar: O comportamento para análise do comportamento é tido como a relação entre o que um sujeito faz, em que momento ele faz, qual a conseqüência de sua ação no ambiente e como esta conseqüência afeta o seu próprio comportamento. Diferente do que estamos acostumados, pois no senso comum e em muitas abordagens teóricas da psicologia, o comportamento é tido apenas como "ação", ou seja, tudo aquilo que o homem faz. Para nós analistas do comportamento a ação nada mais é do que o conceito de "resposta", uma unidade conceitual, uma parte das diferentes contingências, uma ferramenta utilizada para estudo dos vários tipos de comportamento.


Coopervolks: Que tipos de comportamentos existem?
Eduardo Alencar: Antes de responder a sua pergunta, quero dizer que o comportamento para esta abordagem é multideterminado pelos 3 níveis variantes de seleção do comportamento: filogenético (que diz respeito a características de uma determinada espécie), ontogenético (que diz respeito a gama de história, experiências, vivências únicas e exclusivas para um determinado sujeito) e culturais (que dizem respeito aos comportamentos de um determinado grupo social). Didaticamente, os tipos de comportamentos estão subdivididos em operantes (unidade para o estudo ontogenético), verbal (unidade para estudo ontogenético e cultural) e respondentes (undiade para estudo filogenético). Operantes são aqueles comportamentos apreendidos, por exemplo, digitar, dançar, vender, jogar, etc. Já os respondentes são os comportamentos que nos acompanham pela espécie, respirar, fazer sexo, reproduzir-se, beber água, etc. E por fim, o verbal que engloba não apelas o falar propriamente dito, mas as diferentes formas de se comunicar.


Coopervolks: Me parece que operantes e verbais são o foco dos comportamentos observados em recrutamento e seleção, você pode descrever estas unidades de análise?
Eduardo Alencar: Em seleção por competência, profissionais de RH estudam o comportamento através do CAR (Contexto – Ação – Resultado), a tríplice contingência estuda o comportamento através do ARC (Antecedente – Resposta – Consequência), neste sentido elas são bem parecidas na medida em que a premissa é acreditar que comportamentos do passado que foram adequados às suas conseqüências tendem em termos de probabilidade, repetir-se no futuro. Já o verbal quando objeto de estudo de outros profissionais restringe-se ao falar ou aqueles manuais de "o corpo fala". O verbal é algo infinito que nem a própria análise do comportamento possui segurança para andar em alguns campos. Skinner quando lançou o verbal behavior sintetizou comportamentos verbais que aplicam-se desde o autismo, conduta de mentir, relatar experiências passadas até o mais diferente que possamos pensar.


Coopervolks: E pensar é um comportamento? Recebemos informações que esta vertente teórica é reducionista, mecanicista e nega eventos de natureza profunda.
Eduardo Alencar: Sim, pensamento é um comportamento de classificação "encoberta". Damos este nome apenas pois o acesso a ele se dá única e exclusivamente pelo próprio sujeito. Quanto a estas críticas, penso que ocorram pela errônea interpretação dos profissionais (inclusive dos próprios psicólogos) acerca da análise do comportamento. Watson, pioneiro do behaviorismo metodológico (que negava realmente estes eventos) foi quem inspirou Skinner a criar o behaviorismo radical (filosofia que hoje embasa a análise do comportamento) e de maneira alguma negamos pensamentos ou sentimentos. Por fim, quanto ao acesso ou tratamento de "coisas profundas", nós tratamos de ambos como um comportamento, penso que esta critica seja apenas por que negamos à qualquer instância psíquica algum tipo de status diferenciado sobre o comportamento. Pode-se dizer na brincadeira que nossas determinantes psíquicas seriam os 3 níveis de determinação do comportamento (risos). Por isso somos radicais, não pela negação de algum tipo de comportamento, mas no sentido de negar à instâncias psíquicas a determinação sobre os comportamentos públicos. Ambos estão interligados (pensamentos e comportamentos públicos), ambos são frutos da história de vida do homem e de suas relações com o mundo e do impacto destas relações sobre ele mesmo.


Coopervolks: E como tudo isso pode ser aplicado à pratica do psicólogo nas organizações?
Eduardo Alencar: Bom, para começar, "organizações" não limita-se ao RH. O psicólogo pode atuar com o marketing, com a responsabilidade social, com a gestão do conhecimento e afins. Como minha prática é voltada ao RH, vou responder a sua pergunta através da mesma ok? A partir do momento que abandonamos a idéia de que comportamento não é o recorte das ações do homem e sim um conjunto ligado a isso (Antecedente – Resposta – Conseqüência) nós ampliamos o repertório do profissional no que diz respeito a: seleção e treinamento de pessoal (passamos a compreender suas habilidades, identificamos necessidades de treinamento, ganhamos melhor ferramenta para previsão de comportamentos futuros, temos acesso a possíveis motivadores, etc), na área de cargos e salários, mesmo que o foco seja a descrição topográfica do que os sujeitos farão ao ocupar cada cargo ou de que forma serão remunerados (consequenciados) por isso, ganhamos melhor ferramenta para previsão de como o sujeito irá agir, do que precisa ser modificado para sua motivação, aumento de produtividade, etc. Em medicina e segurança do trabalho e endomarketing o comportamento verbal facilita as relações de aprendizado, prevenção de acidentes, etc. Poderíamos falar disso o dia todo.


Coopervolks: O que você indica para aqueles que querem saber um pouco mais desta prática diferenciada de analisar comportamento em organizações?
Eduardo Alencar: Bom, quem almeja avançar pela porta dos estudos, indico o núcleo paradigma (http://www.nucleoparadigma.com.br)/, instituição de ensino em pós graduação e extensão universitária em análise do comportamento. Já quem almeja avançar pela leitura, indico artigos nos portais: http://www.redepsi.com.br/, http://www.administradores.com.br/, http://www.rh.com.br/ . Já quem tem facilidade para fazer analogias entre a teoria comportamental e a prática, indico o coerção do Sidman e o ciência e comportamento humano de Skinner (livros básicos e de cabeceira do psicólogo analista do comportamento).

6/25/2009

Click aqui e Confira as dicas do Psicólogo e Consultor de RH Eduardo Alencar para elaboração de um currículo


6/22/2009

Analise do comportamento aplicada às organizações: considerações sobre o fenômeno do “Grito de Guerra” nas empresas*

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6/21/2009

Orientações práticas para o facilitador de dinâmicas de Grupo*


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